Esse é o terceiro livro da série "Caraval", que comecei há apenas uma semana. Sem dúvida, é o melhor da série.
Agora, as duas irmãs precisam lutar com o vilãozão da história, um dos tais Arcanos das cartas da mãe das meninas, mas uma revelação bombástica - surpreendente, de fato, mesmo porque eu não peguei o gancho deixado ao longo do texto - faz o jogo ser mais delicado.
Me incomoda um pouco quando um livro tem alternância de personagens, mas a verdade é que, mesmo estando escrito o nome da irmã acima do capítulo, a narrativa não é em primeira pessoa. O fato é que o nome não faz a menor diferença, já que o narrador é uma terceira pessoa. Enfim...
No lado amoroso, Julian segue abobalhado com Scarlet, tentando provar que não vai mais mentir e que a ama. Ela, é claro, ama o carinha. O noivo dela aparece na história agora, já que ela escreveu para ele. Por um instante, achei que era um dos artistas.
Donatella e Dante seguem no gato e rato. Agora, a história é apimentada já que ela sabe quem ele é e descobre que, se ele "amar", morre. Como todos os imortais.
A autora faz uma diferenciação entre imortalidade e eternidade bem interessante. Em uma, se morre, volta à vida. Na outra, não.
Agora, Donatella é quase perseguida pelo Príncipe de Copas que se apaixonou por ela no livro anterior. O papel dele é divertido e cheguei a imaginar que ela ia escolher esse cara ao invés do Dante.
A história como um todo é bem amarrada. Os contornos são coerentes na fantasia. Bem descrito, ainda que a minha versão do box de Caraval tivesse erros de tradução/revisão - muito mais no terceiro que nos demais.
Separei dois quotes que foram preciosos para mim, uma demonstração de grande inspiração da autora:
"Se houvesse um relógio no quarto, teria parado. De vez em quando, certos minutos ganham segundos a mais. São momentos tão preciosos que o universo se expande para criar lugar para acomodá-los."
"A escolha é minha, e eu escolho você. Não preciso de imortalidade. Você é minha eternidade."