JR Ward é dona de uma coleção infinita de livros sobre um universo todo especial criado por ela, em uma Caldwell repleta de vampiros e Redutores e Glymera e inimigos e intrigas e muito... muito s&x@. Ela é muito boa nas descrições e no enredo criado, ainda que a coleção "Irmandade da Adaga Negra" tenha me cansado (li os 18 primeiros).
Nunca curti muito o vai-e-vem na briga dos Irmãos com os Redutores, porque deixava a leitura do fio principal de cada romance um tanto tensa - para mim, é claro. Era como ler duas histórias em uma. Uma qualidade da escritora da série revelou um defeito dessa leitora que vos fala.
Esse livro é um tanto diferente, ainda que apareça um paralelo da história passada na visão de Rhage, um dos Irmãos da série principal.
Vamos ao que importa.
"O Jackal" é o primeiro livro da subsérie "Prision camp" sobre, bom, uma prisão.
Nyx, a prota, começa a história atropelando um rapaz da raça quando está com a irmã, Posie. O rapaz se põe a balbuciar e, enfim, ela descobre uma pista sobre o paradeiro da irmã mais velha, a quem procura há 50 anos.
Armada até os dentes, contrariando a vontade do avô, parte em uma missão logicamente fadada ao fracasso.
Assim que coloca os pés dentro dos caminhos subterrâneos, é pressionada contra a parede por "O Jackal", que é como ele se refere a si mesmo. A tensão sexual, tão característica das conexões descritas pela autora, começa logo ali.
Jack, que é como ela decide chamá-lo, é o arquiteto que foi contratado por Darius (outro Irmão) para construir a Mansão da Irmandade. Tendo sido injustamente acusado de deflorar uma jovem, vai para a prisão onde já está há 100 quando Nyx aparece. Isso tudo é contado nos enxertos da visão de Rhage.
Jack se compromete a ajudá-la em troca de aliviarem as tensões de ambos, algo que parece irresistível para ambos.
A mocinha é bem modernosa, cheia dos jargões feministas mais comuns e, passado o brevíssimo espanto inicial por uma fêmea tão diferente das que conhecia, Jack aceita bem o estilo.
Há um Comando dentro da cadeia, que usa Jack como veia e como escravo sexual. Ele tem algumas regalias (dentre as quais não usar a coleira explosiva que os demais têm no pescoço), mas se recusa a deixar o lugar por um motivo secreto.
Papo vai, papo vem, eles chegam ao rala e rola na piscina do moço. Depois, Nyx descobre que a irmã está morta e uma operação complexa é formada para tirá-la da cadeia. A operação dá errado, e Jack, os amigos e Nyx são capturados.
Começam a ser desvelados os segredos. Alguns, são previsíveis desde meados do livro. Outros, nem tanto. A irmã mais velha dela não estava morta. Muito pelo contrário. Vivíssima da Silva, era uma cretina de marca maior.
A prisão desmorona em uma explosão, Nyx foge e Jack fica. Então, finalmente confessa seu motivo: tem um filho ali dentro.
De volta ao lar com o avô e a irmã mais nova, Nyx pede ajuda à Irmandade da Adaga Negra para invadir a prisão e salvar Jack. Nesse momento, outros segredos são revelados - como, por exemplo, a ligação de Rhage com Jack.
O final do livro é blasé - um capítulo com cara de epílogo. Famílias felizes, reencontros, amorzinho e pá e coisa.
Mesmo assim, merece as cinco estrelas que dei. Eu devorei o livro e estava mesmo precisando de uma história do tipo para desempacar os neurônios.
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