Devo começar este post dizendo: o livro não surpreende. Fiquei, de fato, com certa amargura dos personagens - tanto Lucy quanto Simon. Explico, antes que se atirem as pedras.
Lucy era uma rapariga provinciana de grandes sonhos que morava com o pai em um vilarejo distante de Londres. Certo dia, pela estrada afora, bem sozinha, levando doces para a vovozinha, depara-se com um corpo nu em todo o seu esplendor caído na estrada. E, nessas horas, nunca é um cara horroroso, cheio de cicatrizes e eunuco.
Enfim...
Boa samaritana, católica praticante, cortejada pelo vigário tímido há mais de 3 anos, leva o moribundo para casa, cuida dele e decide desenhar o quase cadavérico homem - me peguei pensando nos detalhes do desenho, mas tudo bem.
Diálogos ácidos, banhos despudorosos e, logicamente, eles são atraídos um pelo outro. Ela não é tímida, pelo contrário. Bem direta. Convenhamos, depois de ver o lobo mau caído na estrada com sua gloriosa masculinidade à mostra, qualquer demonstração de excesso de pudor seria uma tremenda hipocrisia. É meio: o caso é o seguinte, moço, ou vai ou racha. Ou dá ou desce. Ou pula ou sai do muro.
O hot tem a marca da autora e é um dos poucos pontos que gostei na obra.
O moço, todavia, é um amargurado Simon Visconde-de-qualquer-coisa, que vive apenas em nome da vingança pela morte do perfeito irmão mais velho.
Ele vai embora, volta e ela aceita um pedido de casamento que não foi feito antes da metade do livro. Chatíssimo.
O amor é lindo, mas ele segue com seu plano sanguinário duelando com todo mundo que respirou ácaros perto do defunto irmão mais velho.
Ela pede pra ele parar, ele não pára. Ela vai embora. A moça volta e eles são felizes para sempre - sem maiores problemas, conflitos ou graças.
Decepcionante.
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