Um toque de escuridão - Scarlett St. Clair


"Um toque de escuridão" é o primeiro livro da saga de Hades e Perséfone e eu já vinha querendo ler há bastante tempo - basicamente desde que peguei "King of battle and blood" e "Queen of myth and monsters".

A história gira em torno de Perséfone, a filha de Deméter (Deusa da Agricultura). Já logo adianto a mitologia grega é a base de todo o enredo - desde os nomes dos lugares aos dos personagens. É muito criativo e bastante inspirador, e só isso já daria consideráveis estrelinhas ao livro. Perambulam pela cidade outros deuses - Afrodite, Zeus, Hécate... - e humanos com nome de deuses - como Apolo.

Perséfone foi criada pela mãe em uma estufa de vidro - adorei a metáfora! - longe de todo o seu potencial. Por isso, acredita que não tem qualquer poder além de destruir as plantinhas que toca. É a grande mágoa da menina que parte para o mundo humano, disfarçando seu verdadeiro "eu" com uma magia emprestada de Deméter.

O alerta da mãe: "fique longe dos deuses, PRINCIPALMENTE de Hades". É claro, ela vai atrás de Hades.

Perséfone está na faculdade - já mora no mundo humano há 4 anos - e conseguiu um estágio em um jornal. Nesse dia, para comemorar, a colega de apartamento dela (Lexa, de quem eu esperava uma face mais vilanesca) convida para uma boate de propriedade super balada e disputada. O dono? Hades.

Hades é o misterioso Deus do Submundo, conhecido por pactos não tão benéficos aos humanos. É claro que, para uma cabeça mais evoluída espiritualmente, os pactos dele não são de todo ruins. A ideia do deus é fazer com que as próprias pessoas tomem as rédeas de suas vidas.


Logicamente, Perséfone não vê nada bom. Como passou a vida toda ouvindo coisas horríveis sobre o cara - convenhamos, "Deus da Morte" já é bastante pesado -, ela já o conhece cheia de ressalvas.

Lá na boate, ela bate o olho em um cara maravilindo e o sangue ferve. O cara, é claro, é Hades. E aqui, adianto: a relação deles é toda em torno de um fogo incontrolável que sentem um pelo outro e os conflitos de Perséfone para entender o lado dele. Talvez me incomodasse o fato de uma moça virgem ter atitudes tão, digamos, avançadas SE o livro não deixasse isso para um terceiro plano de forma tão bem construída. 

Nesse dia da boate, ela acaba sentada na mesa de pôquer com Hades e, é claro, sai de lá presa a ele por um pacto.

O pacto de Hades com a ela é: ou ela cria vida no Submundo ou ela fica presa ao Submundo. Como a mocinha mata toda planta que toca, a despeito de ser a Deusa da Primavera, Perséfone acha que ele visa prejudicá-la.

Decide, então, fazer uma grande exposição do moço. Para isso, e talvez por conta disso, precisa "conviver" com ele. Logicamente, vai se arrependendo da reportagem no processo e descobrindo um outro lado dele. Ela conhece almas do Submundo, além de outros personagens da mitologia grega costurados de forma muito lógica à história.

Inevitavelmente, se apaixona. Inevitavelmente mesmo, já que as Moiras (irmãs que controlam o destino) são as verdadeiras responsáveis por muita coisa por lá. Se começar o livro com a palavra "destino" na cabeça, algumas peças vão se encaixar super facilmente. Se não, vai se surpreender como eu.

Aos poucos, vamos vendo que ele a liberta da prisão da mãe e da própria prisão que criou para si mesma.

Ah, o hot é hot de verdade, tá?!

Gostei bastante da história, mais ainda por ter conseguido pegar no Kindle Unlimited. Vamos ao 2, depois à saga de Hades, depois ao que mais a autora publicar! E, é claro, sigo esperando o livro 3 de Adrian e Isolde.

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