Kingdom of the Feared - Kerri Maniscalco

 


Esse é o terceiro livro da série "Reino das Bruxas", que está sendo publicada no Brasil pela Darkside.

Já analise o 1 e o 2 aqui:



Ansiosa como sou, PRECISAVA ler o 3 LOGO para saber o final da saga de autoconhecimento de Emília.

Esse texto tem spoilers!

Dessa vez, seguimos acompanhando o amor de Emília e Ira, cada vez mais coelhizados. É fogo no parquinho, no laguinho, na cozinha... É um tal de Emília sumir no meio do bem- bom que deixaria qualquer falo excitado quebrar.

Ira, por outro lado, segue sem proclamar seu amor pela moçoila - que, a despeito de todas as atitudes protetoras e explosivas, parece ainda duvidar dos sentimentos do cara.

Dessa vez, ela reencontra a irmã, que é uma personagem extremamente ambígua para mim. Mesmo agora, depois de terminar, ainda não entendi qual é a dela. Veja bem: eu entendo que a autora precisava deixar a dúvida sobre as intenções da bruxa da Morte, mas acho que pesou na mão. De fato, há muitas cenas em que ela parece, de fato, ruim.

A história toda começou (no livro 1) com a vingança de Emília pela morte de Victória. A partir disso, ela invocou um dos Príncipes do Inferno - Ira - e sua vida virou do avesso. É, como eu disse no início, uma jornada de autoconhecimento. Mas, veja bem, toda a "resolução" deixou mal explicadas cenas dos livros anteriores - por exemplo, a primeira vez que Emília "invoca" Ira.

Agora, ela descobre que a Victória não só está viva, como é uma Deusa e "chefe" da Casa Vingança. Descobre-se uma Deusa também. Descobre toda uma intriga para mantê-las (as duas gêmeas), longe dos Príncipes do Inferno. E descobre que tem poderes inimagináveis. 

Há uma maldição (que foi mal-explicada antes e segue mal-resolvida agora). Então, o amor de Ira é contido por um tônico. Se ele amar Emília, ele vai perdê-la. E esse é o desespero do cara. Emília não se conforma. Como eu falei acima, a despeito de todas as inúmeras evidências, enquanto ela não ouvi-lo dizer, não vai se conformar. Chego a acreditar que a maldição é para ele não "declarar" o amor, já que ele evidentemente está sentindo. É EVIDENTE.

Uma morte acontece na Casa de um dos Príncipes, e Victória é acusada. Emília decide achar que a irmã é inocente e vai atrás de provas, algumas até meio "não sei como a personagem concluiu isso".

Alguns personagens secundaríssimos de outros livros dão as caras, e são pessoas de quem a gente nem lembrava. Ponto positivo - parecem ganchos propositais.

A história é bem construída, mas parece costurada com linha fina. Esse não é o meu livro favorito da série. Pelo contrário. Acho que eu alimentei expectativas muito altas. Por exemplo: o foco de Emília não parece ser "entender" a "morte fake" da irmã e seu próprio lugar no mundo, mas conseguir fazer Ira declarar que a ama. Ela é forte o suficiente para abrir mão de tudo só para ouvir o cara dizer "eu te amo". Veja bem, meu povo, ele já PROVOU que a ama.

"Ah, Dri, mas ela quer acabar com a maldição". Gente, a maldição não tem sentido se o cara realmente a ama, concordam?

A morte a ser investigada é resolvida num piscar. Fiquei meio: "sério? é isso?"

No mais, algumas coisas ficaram em aberto: o que aconteceu com a adaga? E a mãe da Emília e da Victória? E o destino da Lúcia? Talvez tenha sido de propósito, mas esses finais abertos não me animam se eu não souber que há continuação.