Em Paris, mocinha rebelde conhece mocinho bonzinho - um dos nerds da Supélec, como ela bem o descreve no primeiro parágrafo.
Depois de muito tempo de um namoro leve e delicioso, ele a pede em casamento. Ela diz que não e se afasta. Por quê? Ela é, na verdade, uma princesa.
Papo vai, papo vem, os anos passam... Vemos a mocinha em uma nova posição: mãe, curadora da Galeria Real do seu país, sem a dose inicial de rebeldia. Uma mulher de 26 anos cheia de arrependimentos. Merece sofrer, né non?
Enfim, eles se reencontram quando ele vai até o país dela instalar aerogeradores de energia - os grandes cataventos! Para desespero - e ciúmes - da princesa, ele chega acompanhado de uma noiva.
É claro que podemos imaginar o que vai acontecer, mas o que não esperamos de um livro com esse enredo é que ele consiga trazer a transição suave entre o ódio, o ressentimento, o arrependimento para o amor, o perdão, o reencontro e o renascimento da paixão.
O amor que começa em uma explosão, adormece e renasce como um slow burn maravilhoso de ler. Entremeadas, as questões familiares e traumáticas da princesa - tudo o que, na cabeça distorcida dela, justificaria suas atitudes.
O livro é bom demais, sem pecar nos excessos narrativos tão comuns ao estilo.
Super recomendo.