A curse for true love - Stephanie Garber

 




O terceiro livro da trilogia "Era uma vez um coração partido" é só agonia, do início ao fim.

Evangeline teve as memórias roubadas por Apollo e começa o livro extremamente confusa. Apollo, a seu turno, morre de medo que ela lembre de tudo - especialmente de Jacks. Assim, começa a disseminar histórias sobre o caráter do Príncipe de Copas.

Evangeline corre alguns riscos e é salva por um misterioso homem, que se apresenta como Arqueiro. É claro que é Jacks, de quem ela não lembra.

É uma série boa que explora a inexistência da perfeição em vários momentos. Apollo tem tudo para ser o Príncipe Encantado e é, na verdade, o vilão. Jacks não é o herói, mas um anti-herói cativante (desde Caraval). A sorte da Evangeline é que ela tem dois amigos além de Jacks - Caos (que a matou assim que tirou a mordaça) e Lala.

Aurélia, irmã de Caos-Castor, é a representação da inveja. O papel dela é bem importante, ainda que a história do coração fora do peito tenha me feito torcer o rosto em desaprovação.

Evangeline demora demais a lembrar da verdade, o que só acontece depois que ela quase se entrega à paixão nos braços de Jacks e descobre a carta que ela escreveu para si mesma. Ali, achamos que ela vai se afastar dele, mas a autora surpreende e a personagem lembra de tudo como um flash. Mas aí é tarde demais - Jacks já sumiu de novo, deixando uma pulseira repelente de macho doente no pulso dela. Não entendi a cena do pozinho brilhante, mas suponho que ele queria que ela se desapaixonasse.

Ela começa a correr atrás dele, desesperada porque descobriu que ele é O AMOR da vida dela e que o Apollo é O VILÃO da vida dela.

Mas Jacks não quer que ela o encontre porque toda mulher que o beija morre - exceto Donatella em Caraval, a que ele achou que seria seu amor. Aurélia Valore (responsável pelo problema dele) diz que a maldição do Jacks foi distorcida com o tempo (na verdade, sobreviveria a ele a única mulher que jamais o amaria - Donatella).

Então, fiquei sem entender como a Evangeline chegou à conclusão do amor verdadeiro para a solução do dilema. Seria muito mais coerente se a Aurélia não tivesse dito nada, porque a minha conclusão (antes de a Aurélia falar) era a mesma da Evangeline: não bastaria a mulher amar o Jacks, mas o Jacks teria que amar a mulher.

Tem uma tal árvore fênix que pode destruir um coração de vez. Evangeline vai atrás do Jacks, que está em um nível intenso de maldade, e tasca o beijão nele. Lógico, não morre. Achei que essa cena poderia ser bem melhor.

Também tem uma árvore que criou o vampiro Caos. Como? Não sei. Mas sei que Bram Stoker saiu de sua residência eterna novamente só pra morrer de novo.No fim das contas, o amor de Apollo era por si  mesmo mais do que por Evangeline. Maravilhosa a constatação e a mensagem - ele não a amava, só queria que ela o amasse.

Caos-Castor é Arcano? Como Jacks se tornou Arcano? Eu sei que teve um incêndio e um ciumento Vengeance, mas não entendi bem o "como" chegaram a vampiro e Arcano.

Alguns pontos da minha cabeça. Será que perdi alguma informação importante?
1) Não sei o que aconteceu com a irmã da Evangeline nem com o Luc nem como irmão do Apollo.
2) Jacks não cobrou o beijo 3.
3) O Prólogo do livro 1 ficou sem sentido. 

A série vale a pena. O livro 2 é bem bom, e tenho dúvidas se o 3 é melhor.