"Once upon a broken heart" (Era uma vez um coração partido) é um livro que inicia a trilogia homônima de Stephanie Garber e tem ligação com Caraval (da qual já falei aqui em posts passados).
Dessa vez, encontramos Evangeline, uma mocinha que vive no sul (reino de Caraval) com a irmã, Marisol, e a madrasta, de quem não lembro o nome.
No início, vemos Evangeline fazer um acordo bem sinuoso com Jacks, o Príncipe de Copas - o Arcano que fez um triangulozinho com Donatella em Caraval.
No tal acordo, ela quer impedir o casamento do namoradinho Luc com a irmã dela. Evangeline se recusa a acreditar que Luc está apaixonado por Marisol e, mais do que isso, acha que os dois foram engambelados. Jacks promete acabar com o casamento se ela der para ele 3 beijos. Reparem: não é "der nele", porque quem beija o carinha vê a foice da Morte. Ele vai exigir que ela dê 3 beijos em quem ele decidir, quando ele decidir.
Aqui, cabe a piada pronta: trago a pessoa amada em um beijo; ou três. Entendedores, entenderão.
Evangeline sai da igreja de Jacks e, quando chega no casamento, todos são pedras. Ela entra em desespero, reclama bicas e toma um tal veneno, assumindo o lugar de pedra.
Aí, meu povo, quero que vcs não percam de vista o fato de que ela ficou seis semanas petrificada e ninguém ajudou. Guardem a informação, porque é importante.
Do nada, uma criatura ajuda ela a despetrificar. E Evangeline descobre que Luc sumiu depois de quase casar novamente com Marisol. Afff.
O livro demora a engrenar e acho que precisei embarrigar por 30% antes de achar legal - e, é claro, isso começa apenas quando ela reencontra Jacks no Norte, em uma coroação/noivado do príncipe Apollo (ele tem que casar para ser rei).
Jacks cobra o primeiro beijo do acordo: em Apollo. Sem entender nada, mas sabendo que precisa cumprir o acordo, ela tasca o beijão no Encantado. Apollo, lindo belo e maravilhoso, se apaixona na hora.
Ah! O pano de fundo é uma lenda sobre um Arqueiro e uma Raposa. O sobrenome de Evangeline é Fox (raposa). O Arqueiro amava a raposa, mas tinha a verve de matá-la por conta de uma maldição. Confesso que são tantas maldições que eu me perdi na importância.
Depois de Evangeline ser pedida em casamento, Jacks cobra o segundo beijo. Na vó do príncipe. E, enfim, começamos a descobrir os motivos de Jacks. Um tal portal que leva pra sei lá onde e faz sei lá o quê. Há uma profecia: a comum que é princesa e tem cabelo colorido vai abrir o portal.
Na noite de núpcias, cheia de dor de consciência, ela implora a Jacks pra fazer o Apollo "sentir o que tiver que sentir" por ela - o moço não a ama de verdade. Ocorre que Apollo morre quando ela o beija e, logicamente, Evangeline e Jacks são acusados e começam a fugir.
Aparecem vampiros no livro. Por quê? Pra poderem curar a Evangeline. Ocorre queeeee... um dos vampiros é o noivo dela do início do livro! Tcharã! Luc quase morde Evangeline. Luc morde Jacks. Jacks quase morde Evangeline (em uma cena bem boa, por sinal). No fim, Jacks não vira vampiro porque não bebericou antes do amanhecer e Bram Stoker se revira no túmulo.
Evangeline consegue uma amiga, Lala, que se mostra outro Arcano - a Noiva Encalhada, ou algo do gênero.
Evangeline é sonhadora e, por diversas vezes, tola e crédula demais. Mesmo enfrentando a maldade de quem ela achava que não era ruim, ela segue insistindo na redenção e nas dúvidas sobre o "pq". É claro que é apenas isso que faz com que se apaixone pelo controvertido Jacks. E isso nem é spoiler. Tá simplesmente NA CARA de todo mundo - menos dos dois.
Ela tem um insight sobre as pedras e volta para o castelo, apenas para descobrir que Apollo não morreu (está em estado vegetativo).
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Achei meio enrolado. Jacks é e não é. A irmã é e não é. Luc é e não é. O guarda é e não é. Enfim, é um tal de "não sou quem você achou que eu era" que dá nos nervos... Ah! Tem um Protetorado na história, que pretende evitar que o Portal seja aberto.
A autora é boa. Bem boa. Ela consegue deixar os ganchos para capturarmos depois, mas não é cinco constelações... Bora pra sequência!