Under the oak tree 2 (4)

 


Maxi e Riftain parecem finalmente estar se entendendo. O livro é, consideravelmente, bem  melhor que o último.

Novamente, há uma guerra, que - parece, forçando um pouco a barra - ter começado nos livros anteriores em uma espécie de pano de fundo. Há relíquias sagradas roubadas e uma seita que planeja reviver dragões (ou um dragão específico). Há uma criatividade boa na criação de monstros, mas peca bastante em ambientação de cenário. Isso, creio, é característica da autora porque veio em toda a série.

Riftain tem um inimigo antigo, que costuma debochar da origem humilde do cara. Nesse ponto (origem), não sei por que o Riftain não conta para a Maxi que costumava "admirá-la" de longe. Acho até que a autora perdeu uma boa chance de explorar a questão das pedras/bagulhos que ele deixava escondido para ela. Seria bem bonitinho ver essa constatação dos dois: eu deixava pra você X eu guardei porque adorei. Será que virá no futuro? Espero que sim.

Riftain é, nesse livro, muitíssimo mais compreensivo. Parece outro personagem. Separei até um quote:

Esqueça tudo o que aquele homem disse para você. Você é a mais corajosa, nobre e bela pessoa que eu conheço. Você acredita, não? [...] Sempre que começar a duvidar de si mesma de novo, me peça para dizer o tipo de pessoa que você é. Vou dizer quantas vezes você precisar.

Assim, ele compra uma armadura e uma espada mais leves para ela - tudo da melhor qualidade - e pede a um dos cavaleiros para começar a ensinar Maxi a se defender. Ela, por outro lado, é uma piada nesse quesito. Muitíssimo ruim. Esse ponto fica esquecido ao longo da história - e eu, particularmente, acho que poderia ser um bom pano de fundo para as cenas quentes que a autora tanto gosta.

O pai da Maxi, cretino-mor dos primeiros livros, está a beira da morte e surge uma discussão sobre a herança do ducado, possivelmente passando para a filha mais velha - Maxi.

Ruth, o mago, volta a aparecer, mas em pontas bem discretas. Poderia ser bem melhor explorado.

Quase no fim, surge uma princesa oferecida e o ciúme da Maxi chega a cansar. Riftain insiste que o mundo dele gira em torno dela, eles se entendem, a Maxi tenta fingir que não liga, mas a princesa é uó e se atira no Riftain que, justiça seja feita, repele a criatura com toda a grosseria que lhe é inerente.

Em alguns poucos momentos de lucidez, a Maxi chega a se impor. Novamente, a questão é fracamente trabalhada - falta um valor maior à postura ativa da protagonista.

A possibilidade de ela engravidar e perder continua sendo um fantasma na relação dos dois e, honestamente, não sei por que a própria Maxi não faz uma poção para evitar conceber na guerra. Facilitaria bastante a vida dos dois.

Alguém sabe quando vem o livro 5? Meu interesse foi despertado com o final trágico desse!