Louise é uma mocinha lindíssima que ficou presa na torre do dragão por muito tempo. A mãe dela faleceu e ela herdou Bordelan, uma prolífica vinícola. Ocorre que o pai da moça apostou a mão de Louise em casamento - e perdeu, logicamente, junto com Bordelan. O ganhador era um homem velho e com fama de taciturno que, como se imaginava, queria mais a propriedade do que a moça.
Em um ato de rebeldia por não poder viver em Paris,
Louise se entregava a toda e qualquer ação pouco pertinente a uma dama.
Louise tem um primo - Albert - que tem dois amigos - Edmund e Bertrand. Betrand é filho do coroa que "ganhou" o prêmio e, depois de um pedido desesperado de Albert, aceita "tomar o lugar do pai" no enlace. Há um quiprocó do Bertrand e a irmã dele (muda, eu acho) com o pai, questão que se resolve muito bem ao longo da trama.
Enfim, Edmund - um cretino de marca maior, interesseiro e bem ruim - que é competidor de Betrand nos negócios de vinho, quer Bordelan, a vinícola, e convence a mocinha boba e meio perdida que Bertrand é um libertino. Não é difícil, na verdade, porque ela é bem ingênua e o cara é bem lindão.
O casamento acontece, Louise está irritadíssima por ter visto Bertrand e Chloè (a amante prostituta de Hedoné, uma casa de prazeres) no vilarejo próximo. Algumas cenas - esta em especial - são um tanto fora de contexto, mas vou dar asas à liberdade criativa.
O mocinho - que até então não tinha visto a noiva, porque sumiu por um motivo besta - fica com cara de pateta. Na verdade, é uma impressão clara que eu tive dele por boa parte do livro. É uma alma boa e bem mais maduro que todo o resto do elenco, o que foi necessário para resolver o nó mais a frente.
Albert, o primo de Louise, "de repente" percebe que o problema todo entre o casal de pombinhos foi causado por Edmund. "De repente" (não mais que de repente), o cavalariço contou que a prima saiu com Edmund para o flagrante. Enfim, as coisas parecem um tanto soluções divinas. Faltou um "it".
A escrita da autora assume um tom mais tradicional (adjetivos antes dos substantivos, por exemplo - a querida filha, o lindo cão etc) e, confesso, pareceu truncado.
O pai dele é um personagem ótimo. Super coerente e bem trabalhado. Não entendi direito se ele e o pai de Louise tinha alucinações - ainda que adorei o fato de cada um ter reagido de uma forma à perda da esposa - ou se há um toque espírita no livro.
Edmundo é um vilão - o tal amigo da onça - e não sei se vou conseguir simpatizar com ele em outros livros da série.
A história tem um enredo ótimo e, para um sábado à tarde com chá e muitos problemas na cabeça, foi perfeita.
Ah! O livro começa com uma ida de Louise à Mansão de Hedonê, creio que o nome é esse, mas não se pegue ao fato. Não faz muita diferença no resto do livro.