Da primeira vez que li esse livro (Uma chama entre as cinzas) até essa releitura, não se passou tanto tempo - foram quatro meses apenas. Mas, desde então, venho querendo ler a continuação. Agora que uma amiga me deu a série completa em livros impressos, finalmente vou poder terminar. Obrigada, Sandra!
Minha impressão sobre a Laia não mudou. Ela reconhece suas fraquezas, especialmente perante a força do irmão e dos avós, e da imagem (ficcional, talvez) que tem da mãe e do pai. Nessa releitura, a fragilidade dessa lembrança dos pais ficou bem evidente, especialmente na fala da Cozinheira. A Leoa (mãe de Laia) pode ter sido uma mulher muito mais dura e impiedosa do que a jovem pensa.
Outro "detalhe" que passou um pouco despercebido pra mim da primeira vez é o bracelete que Laia tem no antebraço. No final, quando ela e Elias estão na fuga, a imagem de uma menina pedindo exatamente "a prata" deixa a entender que há muito mais ali do que uma simples jóia.
Dessa vez, também, a fala do avô - "não deixe que saibam quem você é" - foi reforçada na minha cabeça.
Elias é um rapaz em conflito evidente. Ele aprendeu a ser bom, mas foi treinado para ser ruim. Os videntes têm, de fato, um papel bastante manipulador no destino dos dois. Mais do que "verem", eles "armam" o futuro.
You are full, Laia. Full of life and dark and strength and spirit. You are in our dreams. You will burn, for you are an ember in the ashes. That´s your destiny.
(Você é cheia, Laia. Cheia de vida e escuridão e força e espírito. Você está nos nossos sonhos. Você vai queimar, porque você é uma chama entre as cinzas. Esse é o seu destino.)
Essa é a frase mais marcante do livro pra mim.
Finalmente, o livro 2!
PS. Só reparei que tem um cara na capa dessa vez. Foi... revelador.